sexta-feira, 13 de maio de 2016

O orgulho de não ser orgulhoso

A palavra "Orgulho" é das mais positivas e mais negativas que conheço  (não conheço muitas, é verdade), um "tenho orgulho em ti" vindo da boca de uma mãe, um amigo, alguém que se admira, alguém que nos educa ou até de um desconhecido, tem um efeito de preenchimento muito maior que qualquer troféu.
Mesmo que se fique em último numa prova ou que se tenha um teste menos bom ou até uma tentativa falhada em qualquer situação da vida, quando ouvimos um "tenho orgulho em ti" de alguém que é importante para nós, sabemos que apesar de tudo demos o nosso melhor e o resto não interessa.
O orgulho "mau" é aquele que quando cometemos um erro nos impede de dizer "desulpa, cometi um erro", é um orgulho que não nos enche, é um orgulho que nos faz definhar, que nos impede de voltar a trás e corrigir algo que nos podia fazer felizes.
Sou muito orgulhoso para pedir desculpas, para admitir erros... não, não sou! Já não! Vou voltar a trás as vezes que forem preciso, vou errar e vou corrigir, vou enfrentar a vida com muito orgulho, mas nunca mais orgulhoso.

Beijinhos e abraços que eu tenho muito orgulho em vocês.

quinta-feira, 12 de maio de 2016

Sexo e favas - Uma história de vida.

Vou falar de detergentes, pois... nunca julguem um texto pelo título, na realidade este titulo foi uma espécie de promessa que fiz, bom, vamos deixar o título e voltar ao que interessa, Detergentes, ontem uma parte de mim ficou mais amarga, mais triste, ontem descobri que o marketing se sobrepôs à verdade científica, sou de um tempo em que o "réclame" dos detergentes era um assunto sério, em que nos era mostrado como é que os glutões eliminavam as nódoas de gordura, relva e vinho tinto, (pensando bem, o título não é tão despropositado como isso) tudo isto apresentado por um Manuel Luís Goucha com uma farta bigodaça, que dá uma credibilidade extra.
Lembro também com saudade outro réclame, em que uma senhora estendia roupa e do nada aparece um senhor, de meia idade, bem parecido, que após uma breve troca de palavras, lhe segura na mão e a arrasta para dentro de um lençol (o título cada vez faz mais sentido) a fim de lhe mostrar em pormenor como as fibras eram limpas, tudo a bem da ciência!. O que vi ontem destrói completamente este mundo prefeito de limpeza e ciência, um anúncio de detergente em que um modelo masculino despe a camisa e a atira directamente para a máquina, sem explicar as nódoas existentes, sem fazer uma comparação com o produto concorrente mais vendido, simplesmente atira a camisa para o tambor, como se a vida fosse só isso, no final tira a camisa da máquina e sem qualquer comparação com outra peça de roupa da mesma cor lavada com outro produto vai em tronco nu estender a camisa, num claro piscar de olho às donas de casa desesperadas, como quem diz: "comprem este produto sem qualquer fundamento científico, mas que transforma o vosso Abílio da Conceição num Brad Pitt de Peares que estende a roupa sozinho", Senhores do "Surf", Manuel Luís Goucha nunca teve de despir uma meia que fosse para realçar os benefícios do Presto, os Glutões verdes faziam isso, no caso do Bio Presto eram os azuis, espero que isto não seja o início do fim, qualquer dia o líquido usado nos anúncios de pensos higiénicos deixa de ser azul.

Beijinhos e abraços vou só ali comer umas favas.

quarta-feira, 11 de maio de 2016

Adivinha quem voltou...

Da última vez que exerci o meu direito a escrever neste espaço que é meu e só meu ainda existiam os DaWeasel (para os mais distraidos este apontamento é só para justificar o titulo), foi no longínquo ano de 2008, mais propriamente no mês de Julho, pouco antes de ter perdido uma parte importante da minha vida, na realidade não perdi, apenas se alterou a mecânica da coisa, nestes quase 8 anos ganhei muitas coisas, perdi outras, mas sou um felizardo pois tenho a certeza que ganhei muito mais do que pe(r)di, cometi erros, arranjei soluções, fiz novos amigos, afastei outros, perdi parte de mim e criei um novo eu certamente melhor que o anterior,  agora dou comigo em mais uma altura de mudanças, ironicamente uma mudança que me traz novamente onde estava à quase 8 anos, a escrever neste blog.

Como diz o Sergio Godinho, "A vida é feita de pequenos nadas..." , como é que o "nada" ocupa tanto espaço?
Apetece-me gritar sem emitir som, deitar cá para fora este nada que me está a ocupar espaço, que já serviru o seu propósito de me fazer crescer, que me esta a impedir de absorver mais pequenos nadas.
Acho que o que o Sr. Sergio quer dizer é que a vida é feita de pequenos "tudos" que se transformam em nadas depois de nos fazer crescer e não é suposto ficarem cá dentro a ocupar espaço, temos que criar espaço a novas aprendizagens, como um livro que depois de lido deve ser oferecido a alguém, para que sirva o seu propósito, um livro numa estante só ocupa espaço, assim como  na nossa vida temos de ter espaço nas prateleiras e se gostamos do livro que estamos a ler, é ler até ao fim, penso que ainda estou no início deste livro que comecei...
Sei que os personagens são bons, só me resta tentar fazer o melhor possível e ser melhor amanhã do que sou hoje.

Beijinhos e abraços que vou só ali rasgar páginas em branco.